Desde de muito criança tenho uma paixão pelos gatos. Parece que uma herança de meu avô paterno que não conheci. Soube por minha mãe que ele era apaixonado por gatos. Apesar de gostar muito deles, somente comecei adotá-los a partir de 2015 quando ganhei de uma colega de trabalho a Chica e o Tobias, dois irmãos. Depois deles passei a acolher alguns nas ruas de BH ou adotei de alguém que por algum motivo não poderia ficar com o seu bichinho.

Chica, Tobias, Alice, Fred, Michele, Zac, Vitória, Faisca, Floquinho, Lipe, Bebê, Zangado, Manchinha. Foram chegando e hoje já são 45. O Espaço não é muito grande e a grana bem curta, sobretudo para quem perdeu o emprego no final de 2018 e ainda não conseguiu uma recolocação no mercado de trabalho. Mesmo assim, com todas as dificuldades e contando com a solidariedade de algumas boas almas vamos continuando nosso trabalho.

Muitos perguntam o porque disso? Para que tantos gatos? O que vou fazer com ele?. A ideia sempre foi acolhe-los, cuidar e buscar uma adoção digna para eles. Não é fácil, principalmente por serem gatos sem raça definida e a maioria já na idade adulta, mais de um ano de vida. Muito raro aparecer alguém que queira adotar algum. E o que me motiva continuar? Sem dúvida, a gratidão em cada olhar quando recebem comida, água, um canto pra se acomodar, abrigado da chuva e do sol. Protegidos das maldades humanas e da perseguição de outros animais. Gratidão quando recebem um carinho. Gratidão por saberem que tem um dono para chamar de seu. É isso mesmo. Eles não são meus. Eu é que sou deles. Alguns saem, mas sempre voltam. Já outros nunca aventura uma saída. Os que voltam. Voltam sempre na certeza de serem acolhidos sempre. Outros até arriscam trazerem novos amigos. Quando vai acabar? Ah isso só eles sabem.

*Casa dos Gatos. É assim que minha casa passou a ser conhecida na Vila onde moro (Vila Senhor dos Passos)

**As imagens usadas são dos bichinhos da Casa dos Gatos

***A gatinha amarela da primeira imagem é a Michele, ela foi resgatada bem filhotinha. Estava com muita fome e sede. Descobrimos depois que ela é completamente muda. Não emite nenhum som. Mas sabe se comunicar muito bem. Muito dócil e carinhosa.

O custo principal é com ração, em média 8 quilos por dia. um saco de ração de 25 quilos dura em média 4 dias. dois sacos por semana ao custo de 155 cada. O gasto com ração em uma semana é de 310, 00 x 4 semanas, em um mês o custo aproximado com ração é 1.240,00. Medicamentos, vermífugos e vacinas aproximadamente 500,00. Uma consulta veterinária em consultórios vinculados a alguma ONG está em torno 80,00. O lugar que estão é pequena e a possibilidade de outros lugar adequado seria uma locação de imóvel em torno 1.500,00. Portanto, considerando alimentação, medicação, possíveis consultas veterinárias (5 consultas) e um local adequado, o Projeto, com os 45 internos fica em aproximadamente 3.640,00 mensais. Não foram incluídas material de limpeza e areia higiênica.