Protetores da Juçara

https://www.youtube.com/watch?v=Tg3vpWYJSFI
 Sustentabilidade     Botucatu - SP  
 Projeto recorrente  

Projeto de conservação de uma espécie ameaçada de extinção através do mapeamento de populações que ainda existem e produção de mudas.

Rafael Ciraqui


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Sobre o Projeto


A JUÇARA

A Euterpe edulis, também conhecida como juçara, é uma palmeira pertencente à família Arecaceae, do gênero Euterpe, o mesmo gênero do qual é pertencente o açaí amazônico, origem da similaridade morfológica de ambas as palmeiras, bem como a similaridade entre seus frutos e subprodutos. Palmeira de médio porte, 8 a 15 metros, tronco fino e alto. Floração branca em cacho, frutos roxos quando maduros, 1 cm, semente única envolta por polpa fibrosa comestível. Encontrada em fragmentos florestais das fisionomias da Mata Atlântica. Em estado nativo é comum no meio da mata, em locais úmidos e sombreados. Nasce e cresce à sombra, e acaba se sobressaindo sobre a mata, acima da copa de muitas árvores em como centro de origem a América do Sul, entre os países Argentina, Brasil, Paraguai. Em seu meristema apical, é produzido um palmito de qualidade nobre, extremamente apreciado no mundo por possuir características gastronômicas incomparáveis. Porém, por essa palmeira se tratar de uma planta de um único pseudocaule e não possuir características de rebrota vegetativa, a colheita de seu palmito ocasiona a morte do indivíduo. Combinado a esses dois fatores, qualidade de seu palmito, e a morte das palmeiras pela colheita do mesmo, somando ainda o fato do desmatamento da Mata Atlântica, a exploração predatória dessa palmeira fez com que essa espécie fosse colocada na lista vermelha de espécies com risco de extinção elaborada pelo Centro Nacional de Conservação da Flora.

QUEM ESTÁ POR TRÁS DO PROJETO

Eu, Rafael Alberto Ciraqui, Engenheiro Florestal formado pela FCA - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) - Campus de Botucatu. Experiência na área de Sistemas Agroflorestais, Sementes Florestais, Produção de Mudas Florestais, Arborização Urbana, Inventário Florestal, Reflorestamento, Manejo de Florestas Secundárias em Reserva Legal, Silvicultura de Madeiras Nobres e Mapeamento Aéreo com Uso de R.P.A. (Drones). Atualmente aluno de Mestrado em Agronomia na UNESP/ Botucatu, bolsista CNPQ. Junto da Startup LRS. 

A LRS é uma Startup fundada e administrada por engenheiros florestais formados na UNESP, uma das mais conceituadas universidades do país. Focada em inovar no setor agroflorestal brasileiro, visamos ser referência como promotora de técnicas e ações comprometidas com o desenvolvimento sustentável.

OBJETIVO DO PROJETO

O presente projeto objetiva atingir e impactar positivamente socialmente, economicamente e ambientalmente de forma que possa criar uma consciência na sociedade regional de que é possível caminharmos para um desenvolvimento sustentável e que cada um tem sua função nesse processo. Para isso, pretendemos:

a) Criar módulos de Reservas Legais passíveis de aproveitamento econômico pelos produtores, com a palmeira juçara como carro-chefe desses agroecossistemas, tanto para os produtores rurais que já possuem florestas quanto para aqueles que precisam reflorestar. Criar um viveiro de mudas.

b) Reinserir essa espécie ameaçada de extinção na matriz paisagística da região.

c) Criar uma agroindústria modelo para o processo de despolpa das sementes da palmeira juçara. Resultando em produção da polpa e derivados do produto, absorvendo a oferta de sementes dos produtores e garantindo rentabilidade para proprietários que possuírem juçara em suas florestas.

d) Alocar corretamente no mercado a polpa da juçara, com finalidade de fortalecer o pilar econômico do projeto.

e) Inserção de um superalimento provindo de uma planta nativa da região na alimentação da população local.

f) Educação ambiental da população, demonstrando na prática que é possível caminharmos para um desenvolvimento sustentável do país, inspirando outras ações empreendedoras nesse sentido.

IMPACTOS AMBIENTAIS ESPERADOS

Com a implantação e execução contínua do projeto, a região, seus ecossistemas, sociedade e produtores rurais, se beneficiarão de alguns impactos ambientais decorrentes do mesmo, como:

A. Manutenção da vegetação nativa da região, através da valorização econômica dessas áreas, bem como a conscientização ambiental da sociedade do seu valor intrínseco.

B. Manutenção dos serviços ecossistêmicos prestados pela vegetação nativa, em forma de serviços de Provisão (geração de alimentos, água, fibras e sementes), Serviços de Regulação (Regulação do clima e do microclima, da quantidade e qualidade da água, controle de erosão e fertilidade do solo, controle biológico de pragas e vetores de doenças, polinização e dispersão de sementes) e do Serviços Culturais (lazer, cultura, belezas cênicas, design, valor científico e educacional).

C. Reinserção de uma espécie ameaçada de extinção, colocada na lista vermelha de risco (elaborada pelo Centro Nacional de Conservação da Flora), na matriz paisagística da região, permitindo o fluxo gênico da espécie e permanência da mesma no ambiente.

D. Manutenção da fauna e da flora através da reinserção de uma espécie guarda-chuva no ambiente (espécies que com a sua proteção ajudam a proteger, de forma indireta, outras espécies que usam o mesmo habitat) pois servirá de alimento para a fauna, e ajudará na dispersão de sementes da flora.

E. Restauração ecológica de áreas anteriormente degradadas derivadas de ações antrópicas e manutenção dessas novas áreas restauradas através da valorização econômica das mesmas, uma vez que, produtores rurais darão um maior valor a essas áreas devido ao fato de que as mesmas estão provendo renda aos mesmos.

F. Coleta de Sementes com alta variabilidade genética e produção de mudas florestais que servirão de insumos para os projetos de restauração ecológica LRS Soluções agroflorestais das áreas, fazendo com que a variabilidade genética das áreas aumente e, por sua vez, alavanque o valor genético, garantindo futuras gerações férteis.

G. Fixação de carbono através do incremento em biomassa dessas novas áreas restauradas, garantindo o processo de estocagem de carbono na região.

H. Conscientização ambiental de produtores e da sociedade civil que estejam nas áreas de ação do projeto. Essa conscientização ambiental poderá resultar em outras ações que impactem positivamente o ambiente, devido ao fato de que um produtor ou cidadão bem informado poderá cuidar melhor de outros ecossistemas naturais e informar outras pessoas da importância dessas ações. 

RESUMO DO PROJETO

O projeto proposto consiste na criação de uma cadeia produtiva de mudas de juçara através da coleta de sementes da espécie em áreas de florestas nativas da região do interior do estado de São Paulo. A criação dessa cadeia produtiva fomentará ações para a realização de reflorestamento utilizando esta espécie. Para que o projeto se sustente no âmbito econômico e traga retornos monetários para os proprietários rurais que possuam juçara em suas florestas, será proposto um incentivo para criação de uma agroindústria modelo, que absorva a oferta dos frutos de Euterpe edulis e que realize o processo de despolpa dos frutos, gerando um produto de alto valor agregado, com qualidade e padrão: a polpa da juçara. Garantindo, desta forma, que os frutos de juçara terão saída com logística simplificada e com estratégia de vendas facilitada, sendo esse produto alocado corretamente no mercado através de alguns mecanismos.

As sementes dos frutos de juçara, resíduo do processo de beneficiamento, serão utilizadas para produção de mudas para projetos de restauração ecológica em áreas de Reservas Legais da região que necessitem ser recompostas. Desta forma, o projeto fomentará projetos de restauração florestal alinhados com a ciência “Ecologia da Restauração”, que traz o homem como parte da ecologia dos ecossistemas. Ou seja, além de ser um processo de reutilização de um resíduo da agroindústria, a produção das mudas de juçara será peça chave para viabilizarmos projetos de restauração florestal com aproveitamento econômico das áreas, utilizando a espécie Euterpe edulis como carro chefe do consórcio florestal, beneficiando o ecossistema e a sociedade ambientalmente, socialmente e economicamente. O projeto poderá impactar economicamente não somente o proprietário, mas sim a região como um todo de forma positiva. A geração de empregos, o acesso facilitado da sociedade a um superalimento por um custo reduzido, a educação ambiental, a valorização dos ecossistemas naturais essenciais para manutenção do clima regional e dos recursos hídricos são alguns dos diversos fatores que indicam os retornos sociais positivos que este projeto pode trazer para toda população local.

Em resumo, o projeto futuramente consistirá na criação de modelos produtivos nas áreas de reservas de fomentados, dentro das normativas legais. Esses sistemas produtivos fornecerão, como forma de produto, os frutos das palmeiras juçaras, que serão utilizados por uma agroindústria modelo que realizará o processo de despolpa, produzindo a polpa da juçara, que será comercializada e doada para instituições públicas (merenda escolar, hospitais, asilos, etc.) . As sementes derivadas do resíduo do processo de despolpa serão utilizadas para a produção de novas mudas que serão utilizadas em projetos de restauração de reservas e reinserção da Euterpe edulis em novas áreas.

Com a implantação total do projeto, entraremos em um estado cíclico, onde o projeto poderá se autossustentar, crescer e expandir. Pois, os produtores terão sistemas produtivos dentro de suas reservas legais com seguridade jurídica, poderão utilizar uma área anteriormente sub-explorada, reinserindo uma espécie ameaçada de extinção na matriz regional. Por sua vez, a agroindústria absorverá os frutos produzidos nessas áreas, a um preço justo, e produzirá um produto com alto valor agregado, com o objetivo de geração de receita e lucro. O principal resíduo da agroindústria serão sementes, que fomentarão a produção de novas mudas que serão inseridas nas Reservas. Com o aumento da escala de produção, produtores terão maior oferta de frutos, a agroindústria poderá produzir uma maior quantidade de polpa, com uma maior qualidade. Consequentemente, uma maior quantidade de resíduos também será gerada, que nesse caso serão sementes, e essas serão utilizadas para a produção de uma maior quantidade de mudas. Portanto, com os ajustes técnicos-financeiros necessários e a correta alocação do produto no mercado com o auxílio de alguns mecanismos, o projeto terá a capacidade de ter uma contínua expansão. Por se tratar de um projeto com suas origens baseadas na triangulação equilibrada entre os eixos econômicos, sociais e ambientais, sua expansão sempre terá características intrínsecas derivadas do desenvolvimento sustentável e, assim, poderá sobreviver e prosperar na sociedade futura. 



Compra de drone profissional (R$10K)

Compra de computador profissional para gerar os mapas (R$10K)

Compra de aplicativo profissional para processar as imagens e mapas (R$10K)

Compra de carro que aguente andar nas fazendas e próximo de florestas (4x4 usado) (R$70K)

Compra de terreno (R$80K)

Construção de Viveiro de mudas (R$20K)

Equipe de coleta de sementes e responsável pela produção de mudas (R$2K/mês)

Construção de agroindústria para despolpar as sementes e doar polpa para instituições públicar (R$300K)


Atualizações

O projeto ainda não possui atualizações. Mas fique ligado que em breve teremos novidades ;)

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